segunda-feira, 5 de abril de 2010

Não só mas só.

Por muito que amemos as pessoas, elas vão sempre desiludir-nos... A raça humana é assim.
Também me aconteceu com outras pessoas que eu amava, a quem entregava a minha vida e no final, depois de me falharem, agi de cara alegre. A vida é curta de mais para dar importância a pontas soltas.

Não lamento por mim, lamento por eles.
Jamais saberão saborear um sorriso.
Jamais saberão saborear um beijo.
Jamais saberão saborear um abraço.
Jamais amarão um olhar nu e humilde.
Jamais sentirão o frio passar pelo sangue num dia de inverno.

Há pessoas únicas.
Sentem o que muitos não sentem, vêm o que muitos não vêem, vivem a vida de outra maneira, olham o mundo e vêem que nada está bem, são sensíveis e sinceros, humildes e honestos.

Vivemos num mundo cruel.
Tão cruel que trocam crianças a troco de prazeres; abusam delas, da sua inocência, da sua pureza. Roubam-lhes os sorrisos, roubam-lhes a infância... A troco de prazeres.
Um mundo tão cruel onde vendem mulheres como objectos. Tocam-lhes, matam-nas, escravizam-nas... A troco de prazeres.
Mundo este que coloca jovens nas ruas em tal estado que os próprios deixam de ter um futuro, deixam de ter amor, deixam de ser quem são.
Este mundo que nos impinge modas, pesos, medidas... e mata!
É um mundo onde a verdade e a justiça não se juntam; no qual os inocentes são condenados e os criminosos ilibados.

Não lamento por mim, lamento por eles.
Não sabem como é, já esqueceram.
Não há heróis.
Não há amor.
Não há paixão.
Não há amizade.
Não há carinho.
Não há bem sem o mal.
Não há nada... nem há tudo.